Devemos sempre estar cientes de que, uma velhice tranquila é o somatório de tudo quanto beneficie o organismo, como por exemplo, exercícios físicos, alimentação saudável, espaço para o lazer, bom relacionamento familiar, enfim, é preciso investir numa melhor qualidade de vida.
Por outro lado, sabe-se que o processo de envelhecimento é acompanhado por uma série de alterações fisiológicas ocorridas no organismo, bem como pelo surgimento de doenças crônico – degenerativas advindas de hábitos de vida inadequados (tabagismo, ingestão alimentar incorreta, tipo de atividades laboral, ausência de atividade física regular, etc.).
Em virtude
desses aspectos, acredita-se que a participação do idoso em programas de
exercício físico regular poderá influenciar no processo de envelhecimento, com
impacto sobre a qualidade e expectativa de vida, melhoria das funções
orgânicas, garantia de maior independência pessoal e um efeito benéfico no
controle, tratamento e prevenção de doenças como diabetes, enfermidades
cardíacas, hipertensão, arteriosclerose, varizes, enfermidades respiratórias,
artrose, distúrbios mentais, artrite e dor crônica.
Com o
declínio gradual das aptidões físicas, o impacto do envelhecimento e das
doenças, o idoso tende a ir alterando seus hábitos de vida e rotinas diárias
por atividades e formas de ocupação pouco ativas. Os efeitos associados à
inatividade e a má adaptabilidade são muito sérios. Podem acarretar numa
redução no desempenho, na habilidade motora, na capacidade de concentração, de
reação e de coordenação, gerando processos de autodesvalorização, apatia,
insegurança, perda da motivação, isolamento social e a solidão.
Assim, as
capacidades físicas, as modificações anatomo-fisiológicas, as alterações
psicossociais e cognitivas, são regredidas ao decorrer do processo de
envelhecimento, bem como:
Capacidades
Físicas – há uma diminuição de: coordenação motora grossa e fina, habilidades,
equilíbrio, esquema corporal, visão e audição;
Modificações anatomo-fisiológicas – hipotrofia cerebral e muscular, diminuição da
elasticidade vascular e muscular, concentração de tecido adiposo, tendência à
perda de cálcio pelos ossos, desvios de coluna, redução da mobilidade articular, altura, densidade óssea, volume
respiratório, resistência cardio-pulmonar, frequência cardíaca máxima, débito
cardíaco, consumo máximo de oxigênio e mecanismos de adaptação (hemodinâmicos, termorreguladores,
imunitários e hidratação), insuficiência cardíaca;
Função
Cognitiva – é expressa pela velocidade de processamento das informações, assim
influenciadas pela quantidade de motivação e estimulação. Com isso, só sofrerá
negativas se não for estimulada.
Alterações
Psicossociais – ocorre, a diminuição da sociabilidade, a depressão, mudanças no
controle emocional, isolamento social e baixa autoestima, ocasionadas pela
aposentadoria, pela dificuldade auditiva, visual e motora, pela síndrome do
ninho vazio (saída dos filhos, de casa), pela impotência sexual, entre outras.
A velhice
sempre é vista como um período de decadência física e mental. Esse é um
conceito equivocado, pois muitos cidadãos que chegam aos 65 anos, já que esta é
a idade oficializada pela Organização das Nações Unidas, como limite entre fase
adulta e velhice, ainda são completamente independentes e produtivos,
dependendo do estilo de vida em que o indivíduo opta se encontrar.
Conceito
O envelhecimento é causado por alterações
moleculares e celulares, que resultam em perdas funcionais progressivas dos
órgãos e do organismo como um todo.
Um programa de exercícios para idoso deve estar direcionado:
b) elevação dos níveis de resistência, com vistas à redução das restrições no rendimento pessoal para realização de atividades cotidianas;
c) manutenção da gordura corporal em proporções aceitáveis.
Esses aspectos irão influenciar na melhoria da qualidade de vida e poderá atenuar os efeitos da diminuição do nível de aptidão física na realização de atividades diárias e na manutenção de um maior grau de independência.
Atividades indicadas para idosos
- Promover atividades recreativas (para a produção de endorfina e andrógeno responsável pela sensação de bem-estar e recuperação da auto-estima);
- Atividades de sociabilização (em grupo, com caráter lúdico);
- Atividades moderadas e progressivas (preparando gradativamente o organismo para suportar estímulos cada vez mais fortes);
- Atividade de força, com carga (principalmente para os músculos responsáveis por sustentação/postura, evitando cargas muito fortes e contrações isométricas);
- Atividades de resistência (com vista a redução das restrições no rendimento pessoal);
- Exercícios de alongamento (ganho de flexibilidade e de mobilidade) e
Atividades de relaxamento (diminuindo tensões musculares e mentais).
Atividades Físicas Recomendadas
- Caminhada;
- Alongamento;
- Recreação;
- Hidroginástica
- Natação;
- Musculação;
- Dança.
Cuidados e restrições
Restrições
- Altas intensidades de exercícios;
- Solicitação do sistema anaeróbico deve ser evitada;
- Exercícios isométricos;
- Movimentos rápidos e bruscos.
Cuidados
- Não ultrapassar a amplitude máxima dos movimentos;
- Não prolongar exercício na presença de dor;
- Uso de medicamentos;
- Não levar à exaustão.
Por que manter o corpo sempre em atividade?
Benefícios
- Melhora da qualidade, e expectativa de vida;
- Bom condicionamento físico;
- Manutenção do peso ideal;
- Melhora as funções orgânicas;
- Maior sociabilidade;
- Garante maior independência pessoal;
- Maior coordenação motora e equilíbrio;
- Bom efeito sobre o controle, tratamento e prevenção de patologias associadas.
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