quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Atividade Física para Diabéticos

      A palavra diabetes mellitus origina-se do grego e do latim: Diabetes (líquido que passa direto por um sifão) e Millitus (mel). Esta expressão pode ser traduzida por ' urinar muito doce', popularmente conhecida apenas por DIABETES.      É uma disfunção causada pela falta de insulina, ou pela diminuição na produção ou ainda pela incapacidade em exercer suas funções, provocando o aumento da glicemia (açúcar no sangue). 
     Para entender melhor o diabetes, é preciso conhecer a função do açúcar e da insulina em nosso organismo. Nós necessitamos de um 'combustível': é o açúcar que gera energia para o nosso organismo funcionar, mas isso só ocorre se houver a insulina. Portanto, a função da insulina é garantir a entrada de glicose nas células para a produção de energia.

     A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, uma glândula que fica no abdome entre o estômago e a coluna vertebral. Quando nos alimentamos, ingerimos vitaminas, proteínas, sais minerais e glicose (açúcar)
   Esta glicose é absorvida no intestino, entra na corrente sanguínea e, com a ajuda da insulina, penetra nas células para produzir energia e assim garantir o funcionamento do organismo. 



Sintomas da diabetes


  • Muita sede;
  • Vontade de urinar várias vezes;
  • Perda de peso;
  • Fome exagerada;
  • Visão embaçada;
  • Infecções ou machucados que demoram para cicatrizar;
  • Cansaço inexplicável;
  • Hiperglicemia.

Obs: Os sintomas diminuição da visão e e ulceração na pele são sinais de que a doença já está adianta.

     Não será difícil descobrir a doença, já que, numa pessoa com todas as queixas descritas, o exame a ser feito é a dosagem de glicose no sangue (glicemia) e na urina (glicosúria).     Estima-se que existam no Brasil, milhões de indivíduos com diabetes dos quais metade desconhece o diagnóstico, ou seja, a doença será identificada frequentemente pelo aparecimento de uma de suas complicações.     O diabetes mellitus afeta igualmente homens e mulheres e o seu risco aumenta com a idade. 


Tipos de diabetes


Tipo I (também chamada juvenil ou insulino dependente) -  É quando o corpo para completamente de fabricar insulina. Essa forma de diabetes é mais comum em crianças ou jovens, mas pode ocorrer em qualquer idade. Necessitam tomar injeções de insulina diariamente. 

Tipo II (também chamada de não insulino dependente) - é quando o corpo ainda produz insulina, mas não o suficiente. Normalmente ocorre em pessoas acima dos 40 anos, com peso acima do normal, e, ou, histórico de diabetes na família.

Gestacional - Não tão comum, acomete cerca de 3% das mulheres grávidas e desaparece após a gestação.


Diagnóstico


  • É realizado através da dosagem dos níveis de glicose no sangue;
  • O resultado é positivo se a glicose sérica for igual ou superior a 140 mg/dl;
  • A glicose sérica em níveis normais é de 70 a 115 mg /dl;
  • O TGC é aplicado quando a glicemia se encontra entre 115 a 140 mg/dl.

Fatores de risco para o diabetes melittus


  • Idade superior a 40 anos; 
  • História familiar; 
  • Obesidade; 
  • Presença de doença vascular arteriosclerótica antes dos 50 anos; 
  • Mães de recém-nascidos com mais de 4kg; 
  • Uso de medicamentos diabeticogênicos, ou seja, que causam diabetes (corticóide / anticoncepcionais).

Como monitorar a diabetes


Glicosímetro - Monitora seu açúcar no sangue diariamente, este teste tem como objetivo, verificar se o planejamento alimentar, os exercícios, e os medicamentos estão mantendo um nível satisfatório de açúcar no sangue.


 O exercício para o diabético tipo I


  • O exercício aumenta a velocidade com que a glicose deixa o sangue, quanto o diabético está controlado;
  • O exercício físico no diabético não controlado pode provocar hiperglicemia e uma cetose, podendo levar ao coma diabético, provocada pela falta de insulina;
  • A falta de glicose na corrente sanguínea durante o exercício pode provocar um choque insulínico;
  • Os diabéticos devem manter um esquema regular de exercício em termos de frequência, intensidade e duração;
  • Deve-se também alterar a dieta e a dosagem de insulina, na busca do controle metabólico devido a variabilidade que a glicemia responde ao exercício;
  • O exercício extenuante pode acelerar ou piorar a lesão retiniana, renal ou de nervos periférico.

Cuidados a serem tomados na prescrição de exercícios para o diabético tipo I


  • Evitar a hipoglicemia;
  • Antes do exercício, se a glicemia estiver entre 80 – 100 mg/dl, devem ser consumidos carboidratos, se estiver  acima de 250 mg/dl o exercício deve ser adiado;
  • Não praticar exercícios durante a ação máxima da insulina (depende do tipo administrado);
  • A insulina deve ser aplicada em um grupo muscular que não será trabalhado ou em uma dobra cutânea;
  • A quantidade de insulina aplicada usualmente é diminuída;
  • Logo após o exercício carboidratos adicionais devem ser consumidos.

Recomendações para a prática de exercício


  • Utilização de exercícios de baixo impacto e sem carga;
  • Evitar o levantamento de cargas elevadas e manobra de valsalva;
  • Ingerir maior quantidade de líquidos;
  • Trazer consigo uma forma de carboidrato;
  • Exercitar-se com alguém que possa auxiliar em um momento de emergência.
 Obs: Embora o exercício não possa ser considerado um fator importante na manutenção da glicemia dentro da faixa normal, os diabéticos tipo I mais ativos apresentam menos complicações da diabetes.  


O exercício para o diabético tipo II


     A falta de atividade física e do baixo condicionamento está ligada a incidência da doença.     A combinação de exercício e dieta pode ser suficiente no tratamento deste tipo de diabetes.     Os diabéticos tipo II que utilizam medicações orais devem diminuir a dose para manter a glicemia normal.

 Obs: Uma prescrição de exercícios que enfatizam a atividade de baixo impacto e longa duração, realizada quase que quotidianamente, maximizará a sensibilidade à insulina e à perda de peso.   


Cuidados na prática de atividade física para diabéticos


  • As atividades devem ser sempre orientadas por um profissional de educação física após a avaliação médica;
  • Sempre fazer o controle do índice glicêmico antes , durante e depois da atividade;
  • Nunca iniciar os exercícios em jejum;
  • Carregar sempre porções de carboidrato de absorção simples para correções de eventuais hipoglicemias;
  • Utilizar meias calçados confortáveis evitando lesões na pele dos pés que devem estar sempre hidratados com cremes;
  • No mínimo, a cada 20 minutos, fazer a ingestão de líquidos durante os exercícios;
  • Realizar sempre um alongamento e aquecimento antes das atividades principais;
  • Respeitar sempre os limites e em qualquer sinal de desconforto e mal estar avisar alguém;
  • Carregar sempre uma identificação com um telefone de emergência e a identificação.

Benefícios


  • Redução dos níveis de gordura corporal evitando outras doenças que acabam se ligando ao diabetes;
  • Potencialização dos efeitos dos medicamentos fazendo em alguns casos em parceria com o médico é lógico a redução da quantidade de medicamento;
  • Manutenção do peso corporal fazendo com que o mesmo tipo e quantidade de medicamento façam o efeito desejado;
  • Ativação da circulação e do sistema vascular aumentando o fluxo sanguíneo e reduzindo os problemas de circulação em pernas e braços;
  • Aumento da receptividade de glicose (diminuição da resistência a insulina) na célula reduzindo muitas vezes no diabetes tipo II o uso de medicamentos;
  • Melhora da disposição no dia a dia e resistência nas atividades profissionais e familiares;
  • Lembrando que o sincronismo da orientação do médico e do professor orientador deve ser perfeita.

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